Institucional

Em Nova Esperança na década de 60, nascia o Jornal O Regional tendo como pedra fundamental despertar o interesse do leitor da cidade e da região. O Jornal O Regional emergiu em abril de 1960 de uma idealização imediata de Francisco Carlos Soares e João Antonio Corrêa Junior (in-memorian). Em sua primeira notícia de primeira página “Chicão” pedia: “Com Licença, Nova Esperança” para preencher a lacuna que pesava nesta cidade e região.

“Aqui estamos, nos apresentando a você, e pedindo licença para ingressarmos na sua vida pública, para, braço a braço com o seu laborioso povo, acompanharmos a sua grandeza. Para, lutando por ideais puros, fazermos com que você ocupe realmente o posto que lhe é devido, aos olhos do Paraná e do Brasil, pelas riquezas de que é possuidora, pela enormidade da sua gente, pela vontade incontida de progresso, desse mesmo progresso que ninguém mais pode freiar nos seus domínios, porque, fatalmente, você está fadada de ser a NOVA ESPERANÇA escrita com letras maiúsculas. “Quem é este que ora se apresenta tão repentinamente? Perguntará você ante a invasão territorial a que nos determinamos. Nós responderemos: Nova Esperança, você atingiu já um grau de desenvolvimento tal, que não se compreende porque não lhe foi presenteado ainda um órgão de imprensa escrita, que tão necessário se faz em uma cidade como você.

Não se compreende a grandeza de uma cidade, sem um veículo de comunicação para levá-la e contá-la ao mundo, sem um meio de divulgação do que em você se faz de útil, e de grande. Assim, é que existe uma lacuna em sua vida. Existe um abismo a ser transposto. Existe algo que você precisa ter para completar-se, para realizar-se, plena e francamente. Exatamente, Nova Esperança, falta para você um jornal. Um jornal que fale a todos, dos seus nove bancos em funcionamento. Das suas treze máquinas de café, dos seus estabelecimentos de ensino, dos seus hotéis, das suas boas administrações públicas, das qualidades das suas terras, do seu café, do seu todo enfim, que lhe faz tão respeitada como é. Diríamos ainda, talvez seja ousadia nos propormos, nós que tão modestos somos, a preencher a lacuna que lhe pesa, desempenhando assim, tão grande incumbência. No entanto, não nos espantamos com isto, Nova Esperança, porque confiamos em você, confiamos em seu povo, temos certeza absoluta de que não estaremos só na batalha, que você nos receberá de braços abertos, que seu povo dará o apoio de que necessitamos para, dentro em breve, queira DEUS, sermos mais um dos seus muitos motivos de orgulho, como é, por isto, Nova Esperança, possível ter-se medo de partir para a luta. Assim é que aqui estamos, dizendo-lhe mais uma vez às suas portas: COM LICENÇA, NOVA ESPERANÇA.”

Posteriormente, para viabilizar o projeto, a direção do jornal foi transferida para o jornalista Polidoro Antonio Fernandes, (in-memorian) que cada qual a seu tempo partia em busca de materiais e equipamentos. Primeiramente, percorreram diversas cidades do interior de São Paulo e de Santa Catarina. Foi nestes estados em municípios interioranos que puderam adquirir os primeiros equipamentos: uma impressora “tipográfica plana” manual, uma guilhotina para o corte do papel, também manual e os tipos de letras, eram manuseados pelos formístas e puxadores de linha, eles, utilizava-se de pinça manual para trabalhar os tipos das letras em Caixa Alta; é uma expressão usada em tipografia para referir a escrita com letras maiúsculas. Caixa Baixa, por seu turno, corresponde à escrita com letras minúsculas. A terminologia caixa alta e caixa baixa éra usada em todos os setores e profissões editoriais e gráficas. Mais tarde, nos anos 70, um avanço incomum, chega ao parque gráfico do jornal O Regional três linotipos, financiadas por banco estatal.

Linotípo, máquina elétrica, para escrever, montando as colunas, toda em ferro fundido, foi um equipamento que revolucionou a redação, os tipos das letras eram datilografados em teclado fixo no padrão e moldes da máquina de datilografia, que liberava as letras matrizes deixando-as agrupadas, a seguir automaticamente as matrizes em linha eram conduzidas a caldeira, que mergulhadas ao chumbo derretido formavam as colunas. Neste tempo utilizava-se clicheria para logomarcas e fotografias. Clichês, montados em base de madeira, dava vida aos artigos com foto em preto/branco. Adquiridos os materiais necessários para se iniciar a produção da primeira Edição do Jornal O Regional de circulação semanal, seguiu-se o processo de oficialização do mesmo: abertura de firma, denominação, locação do prédio, montagem de oficina e contratação de funcionários. De acordo com as idealizações do diretor, a Edição de numero um (01) foi lançada para a população às 08hs00 horas da data histórica do dia 04 de Abril de 1960. Nos 14 anos subseqüentes de circulação, mediante a procura de novos assinantes, aumentava sua tiragem a cada semana e assim, desde então, passou a ser muito bem aceito na Comarca de Mandaguaçu, desde Março de 1974 e na Comarca de Colorado desde Dezembro de 1976.

Passando assim a circular semanalmente também nos municípios de Ourizona, São Jorge do Ivai, Itaguajé, Santa Inês, Atalaia, Uniflor, Presidente Castelo Branco, Florai, Paranacity, Paranapoema, Inajá, Cruzeiro do Sul, Jardim Olinda, e via mala direta nos grandes centros. Com os sucessivos planos econômicos na década de 80 e a crise financeira que assolou o país naquele período, o proprietário viu-se obrigado a reduzir, em caráter provisório a circulação do jornal. Algum tempo depois o proprietário teve que vender quase todo seu maquinário e assim sendo, em fevereiro de 1980, a empresa foi vendida para Edemar Donato Del Grossi, que o vem editando através da empresa familiar com o filho Lucas Siqueira. Diante de novas oportunidades, o novo proprietário idealizou manter um sonho e ampliar o espaço que até então O Regional havia conquistado nestes anos de luta e volta a editar a revista A Regional. – (www.revistaaregional.com.br) – Esse novo investimento permitiu agilizar os trabalhos e foi um início de um recomeço para a empresa. As transformações foram visualizadas nitidamente, como por exemplo, a terceirização dos setores gráficos, desafogando um setor complexo. Então, estamos elaborando um Jornal, uma Revista, com alma, com sacrifício, com patriotismo.

Embora muitas das notícias venham um pouco atrasadas, traz um sabor diferente daquelas que já escutamos no dia a dia, pelas ruas, pelo rádio, pelos jornais diários, pela internet, pela televisão. Nossas notícias poucas vezes critica, para não entravar o desenvolvimento do municipio, elogia, quase sempre os governantes, para estimular o progresso. Lembramos que o Papa João XXIII disse que o mundo gira sobre as rodas da imprensa. No entanto, muitos profissionais de imprensa usam erroneamente da pena para desabafar paixões fúteis para atacar moralmente personalidade que não comungam com seus ideais, ou ainda para destorcer fatos, ou dizer inverdades, com a intenção de tornar-se simpáticos e aplaudidos pelo público. Imprensa não é isso. Imprensa é a notícia verdadeira, isenta de paixões; imprensa é a linguagem simples e sadia; imprensa é o pensamento honesto e verdadeiro, registrada com imparcialidade. E em causa própria, gostaríamos de dizer aos leitores e colaboradores de O Regional, nos seus 52 anos de existência, não obstante os impasses naturais de pequenos jornais interioranos, faremos o possível para levar ao público as informações sem distorção da verdade, atenderemos, com prazer, o pensamento dos colaboradores, desde que fundamentado e útil a comunidade, em linguagem sem ofensas individual ou coletiva.

Nossos setores de: Recepção, Publicidade/Propaganda, Redação, Diagramação, Administração e Distribuição, estão presentes em sede própria, na Rua Lord Lovat, 500 (térreo), centro de Nova Esperança e com uma sucursal em Colorado, à Rua Deputado Branco Mendes nº 549- 1º andar (sede própria).

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